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ARTE

Maria Martins incrementou em suas obras a sexualidade com intuito de apresentar uma realidade no cotidiano do ser humano que não era exposta, além de desenvolver figuras remetendo a deformações e não a proporcionalidade. Dessa forma, também enalteceu a mitologia amazonense. As formas da natureza que fogem ao padrão de belo inspiram as suas obras.

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A trajetória da artista plástica foi feita em diversos países do mundo resultando em diferentes aprendizados, ampliando o seu conhecimento e com isso, amplificou sua forma de apresentar suas artes através da madeira, mármore, cera e bronze.
No Brasil, suas obras foram criticadas e consideradas infames pelo fato da evidenciação e valorização do corpo humano e da sexualidade de forma implícita.
Os formatos de raízes que se contorcem, remetem a formatos antropomorfos que a artista chama de “monstros e deusas”. Suas esculturas radicais utilizam a flor da nudez, a sexualidade de uma forma absolutamente explicita, cativante e misteriosa. Ela traz esse desafio humano: “A Aranha”, a sexualidade feminina que devora o homem (1).
“Salome”(2) e “Oitavo Freu”(3), são obras que retratam a evolução e a ruptura no estilo artístico de Maria Martins. A primeira, reflete uma versão da Maria jovem, revolucionária bastante brasileira reproduzindo o corpo humano como é de fato. Enquanto isso, a segunda apresenta o inicio do seu traço surrealista, devido ao contato com artistas em Nova York, uma maturidade de sua técnica e conceito sem perder a sua identidade nacional. Há em ambas a representação de uma sexualidade ativa, que não teme o olhar, mas tem o corpo virado como se comtemplasse algo.

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Imagem 2                                                                               Imagem 3        

Presume-se que Duchamp foi um artista que serviu de grande inspiração para Maria. Ambos se apoiavam e incentivavam na produção de suas artes, porém tinham uma relação de aliados e não de “mentor e aprendiz”. Ela também foi alvo de inspiração para ele em diversos trabalhos, além de modelo de vulva. Uma modelo que tinha que ser ela pois era a representação de um vínculo pessoal do relacionamento que tinham. Duchamp também foi tema e assunto de diversas obras realizadas por ela. Uma delas, “O Impossível”(4) que remete, também, a relação dos dois. Ao mesmo tempo que as figuras se repelem com tentáculos, eles tentam se devorar e se relacionam sexualmente. Há nessa obra uma ideia de que o desejo carnal seja antropofágico de forma que a morte e sexo sejam interligados, uma fantasia de devora e antecipa o luto. Essa obra mostra fisicamente o vazio e a necessidade de se completar.

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     Imagem 4                                                                                                   Imagem 5

“Yara” (5) foi uma obra que entrou no museu da Philadelphia, valorizada pelo meio artístico americano. Maria, ao viajar até a Amazônia, se encanta com a beleza exótica da floresta e cria uma série de esculturas que retratam além do folclore brasileiro, representações mitológicas e uma mistura entre “pessoa e natureza”, representando divinos e mitos moldados com formatos orgânicos que remetem a selva. “Amazônia”, “Iemanjá” (6), “Aioka” e “Yara”(5) são obras que fazem parte dessa série. Ela consegue dialogar com a sexualidade e o ato divino na natureza numa mesma obra, expondo um lado polêmico e rejeitado. Seus “monstros e deusas” com membros orgânicos famintos causam as mais diversas sensações e refletem o tabu que é desejo carnal.

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     Imagem 6                                                               Imagem 7

Em seu primeiro casamento, Maria teve uma filha. “Nora Martins Lobo”, filha que ela perdeu a guarda ao se divorciar ainda jovem. Uma das obras dela retrata a sua dor de perderdesta perda. A escultura (7) representa o sentimento de dor, e remete à imagem de um corpo feminino sofrendo, com os braços erguidos, gerando algo que já está morto.

Maria Martins arte: Recursos
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